ALUNOS DO 3º ANO APRESENTANDO "TAMBORES DE SÃO LUÍS" COM ORIENTAÇÃO DA PROFESSORA DE ARTES MARTHA BRASIL.
Tambores de São Luís expressa a sociedade aristocrática e opressora do século XIX, caracterizando-se por um sistema de relações onde perpassa a noção de pessoa (senhor) exercendo domínio sobre a coisa (escravo) com o diferencial de que esta camada dominante é transposta para os romances com grande saudosismo,
Um Maranhão aristocrático que de toda a opulência vivida se esvaece, uma sociedade que erigida em um lusitanismo é escravocrata e opressora.
É o Maranhão narrado por entre becos e ruas famosas, como a Rua dos Afogados, Rua do Oiteiro, Rua do Passeio, Rua do Mocambo, Rua Grande. É a São Luís de beiral no telhado, de ruas longas e estreitas. São os Largos, o do Carmo, o do Santiago, o do Desterro, até mesmo o Cemitério do Gavião em suas obras é lembrado. Lembra ainda o Portinho, a Praia do Caju e o Cais da Sagração, as matracas do Caminho Grande, do Anil e da Maioba por cima das cantigas de bumba-meu-boi. O Liceu Maranhense também ganha uma atenção especial. É um passado/presente que nestas obra se constitui.
De aristocrática, opulenta e opressora, torna-se esta sociedade melancólica.
Montello lembra ainda o vazio da Praia Grande, que mostra as transformações sofridas pela cidade, estas transformações do espaço lembrada em Cais da Sagração dão um significado à história, é pois a memória recompondo a paisagem de São Luís.
A saga maranhense construída sobre a visão de mundo de Montello, não se limita à decadência da aristocracia maranhense, mas também dedica-se à construção do imaginário sobre o negro em sua luta contra a opressão desta aristocracia encontrado em Tambores de São Luís.
Assim, lembram-se os instrumentos repressores, o feitor, a chibata, a palmatória e ainda as proibições de festas e fandangos, até mesmo a forca na Praça da Alegria. A opressão versus luta pela liberdade.
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