SEMANA LITERÁRIA 2010 CE MARIA MÔNICA VALE 3º DIA




ALUNOS DO 3º ANO APRESENTANDO "TAMBORES DE SÃO LUÍS" COM ORIENTAÇÃO DA PROFESSORA DE ARTES MARTHA BRASIL.
Tambores de São Luís expressa a sociedade aristocrática e opressora do século XIX, caracterizando-se por um sistema de relações onde perpassa a noção de pessoa (senhor) exercendo domínio sobre a coisa (escravo) com o diferencial de que esta camada dominante é transposta para os romances com grande saudosismo,
Um Maranhão aristocrático que de toda a opulência vivida se esvaece, uma sociedade que erigida em um lusitanismo é escravocrata e opressora.
É o Maranhão narrado por entre becos e ruas famosas, como a Rua dos Afogados, Rua do Oiteiro, Rua do Passeio, Rua do Mocambo, Rua Grande. É a São Luís de beiral no telhado, de ruas longas e estreitas. São os Largos, o do Carmo, o do Santiago, o do Desterro, até mesmo o Cemitério do Gavião em suas obras é lembrado. Lembra ainda o Portinho, a Praia do Caju e o Cais da Sagração, as matracas do Caminho Grande, do Anil e da Maioba por cima das cantigas de bumba-meu-boi. O Liceu Maranhense também ganha uma atenção especial. É um passado/presente que nestas obra se constitui.
De aristocrática, opulenta e opressora, torna-se esta sociedade melancólica.
Montello lembra ainda o vazio da Praia Grande, que mostra as transformações sofridas pela cidade, estas transformações do espaço lembrada em Cais da Sagração dão um significado à história, é pois a memória recompondo a paisagem de São Luís.
A saga maranhense construída sobre a visão de mundo de Montello, não se limita à decadência da aristocracia maranhense, mas também dedica-se à construção do imaginário sobre o negro em sua luta contra a opressão desta aristocracia encontrado em Tambores de São Luís.
Assim, lembram-se os instrumentos repressores, o feitor, a chibata, a palmatória e ainda as proibições de festas e fandangos, até mesmo a forca na Praça da Alegria. A opressão versus luta pela liberdade.

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